sexta-feira, 6 de julho de 2007

Teste a sua parvoíce

Teste a sua parvoíce

Descubra hoje se a parvoíce, tomou conta da sua vida, ou se simplesmente deixou ela apodera-se de si.

Decerto que já folhearam aquelas revistas cor-de-rosa, como Maria, Nova Gente, decerto que foi num ocasião muito especial como uma ida ao dentista, enquanto ouvimos aqueles uivos de dor vindos da porta ao lado. Com certeza que todos vocês, quando lêem, ou mesmo quando não lêem, fingem que estão atentamente, folheando cada pagina a uma velocidade de barco a remos, para não ouvirem pela milésima vez a historia da vida da senhora de 65 anos,sentada ao vosso lado, que sofre de uma perturbação cerebral, pensando que uma consulta no dentista é uma ida ao programa da Júlia Pinheiro. De certo que já vos aconteceu isso, e sim este fenómeno não é exclusivo das Clínicas Dentárias, não interessa onde esteja uma senhora que sofra desta patologia, a manifestação da doença é sempre a mesma. Portanto, o melhor mesmo é rezarem, que tenham alguma revista cor-de-rosa á vista, pode ser do ano passado, serve, uma revista deste tipo nunca tem prazo de validade.

E como já devem ter reparado mais uma vez eu fujo ao tema do tópico, é uma espécie de publicidade enganosa, levando-vos a ler todo o texto, pensando que até vai ser interessante ou então levando alguns a tentar reunir mais provas que me incriminem no crime "O Assassino do Português", uma verdadeira caça as bruxas á portuguesa. Mas eu tenho a justiça a meu lado, os tribunais portugueses demoram tanto tempo, que quando for o meu julgamento, as provas do crime, já passaram de validade jurídica, ou seja, já fazem parte integrante do dicionário. Vá "assentem-se" é melhor.

E agora pela primeira vez vou dizer algo, sério, com significado. O verdadeiro teste á parvoíce é simplesmente dar ouvidos a vozes no fundo do plano, a vozes que ecoam na consciência. Quando da-mos ouvidos, aí estamos a cair na parvoíce. As criticas são sempre bem vindas, mas quando são criticas puras, criticas destrutivas, o verdadeiro parvo é aquele que dá sentido a elas, e que gere a sua vida a volta delas, que não sai á rua, que se esconde debaixo dos lençóis para as calar. O silêncio ganha-se, mas por goleada, e não por falta de comparência.






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